
Confiança em Deus: Uma Visão Além da Realidade
Admilson Araujo Leite
"E
puseram-se a difamar diante dos filhos de Israel a terra que haviam observado:
'A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento é terra que devora seus
habitantes. Todos aqueles que lá vimos são homens de grande estatura'"
(Números 13,32) - KJA.
Os doze espiões que foram conhecer a terra que Deus havia prometido dar a eles, enviados por Moisés, ao ver a terra e o seu povo, os quais eram gente forte e extremamente grandes, gigantes descendentes de Enaque, perderam suas forças, sua fé, e nenhuma coragem restou neles; de tal forma que restou apenas a murmuração contra seu líder e contra o próprio Deus.
Estes mesmos homens que
agora murmuram contra Deus, são os mesmos que contemplaram os prodígios de Deus
no Egito, as dez pragas, a abertura do Mar vermelho e, viram também, a terrível
glória do Deus vivo falando no meio da fumaça, de trovões e raios no monte
Sinai, e de medo, pensaram que iriam morrer.
E
mais uma vez tiveram a prova do cuidado de Deus na vida deles, ao guardá-los na
missão de espiar a terra, indo e voltando em paz, trazendo ainda consigo os
frutos da terra que deveriam tomar posse. Sendo uma terra tão perigosa e
impossibilitada de se conquistar afirmaram a Moisés, como então puderam entrar
nela e pegar os frutos e saírem sem nenhum dano? Não seria essa uma prova da
proteção de Deus sobre eles? Mas infelizmente, é assim que agimos em muitas
ocasiões da vida, semelhante a eles.
Vemos nesse contexto, em primeiro lugar, a perda da emunah (fé, confiança, firmeza, estabilidade e fidelidade em Deus), no coração desses homens que foram libertos da escravidão do Egito, que vivenciaram prodígios de Deus, mas se tornaram incrédulos, desconfiantes na provisão, da fidelidade e poder do Todo Poderoso. E suas incredulidades foram reveladas ficando expostas diante de todos quando foram colocados à prova, diante de um grande desafio que foi a missão de espiar a terra.
E essa tem
sido a realidade de muitos que outrora foram crentes em Deus, em Yeshua o
ungido e Salvador de todos os crentes. Espero não ser esta a situação da tua
vida neste exato momento: independentemente da situação, seja firme! Persevere!
Tenha bom ânimo! Seja como os dois crentes que permaneceram fieis, confiantes
em Deus, Josué e Calebe, leia (Nm 14,6-9).
Em segundo lugar, nossa forma de ver as coisas, não como elas são ou estão, mas como realmente devem ser vistas e discernidas por nós crentes e servos de Deus, vai depender integralmente de nossa permanência na emunah, a qual foi traduzida na carta Aos Hebreus por “Fé” (Hb 11,), a qual nos dá a certeza nas coisas incertas, nos faz esperar continuamente o que ninguém sem a mesma fé será capaz de esperar; nos faz ver o impossível se tornando possível.
O crente
que permanece nessa fé, emunah, ver o que o ser humano em geral
não pode ver, o espiritual, o sobrenatural, a provisão do Deus vivo, como está
escrito: “Andamos por fé e não por vista” (II Cor 5,7). O profeta Elizeu é
também um exemplo disso, de como ele vivia nessa emunah (II Rs 6,16-17).
Em
terceiro lugar – sem a emunah é impossível agradar a Deus ou receber alguma
promessa da parte d'Ele (Hb 11,5-6). Nós precisamos manter fé que nos foi dada
pelo próprio Deus ao ouvirmos ou lermos à Sua Palavra; para que assim, possamos
ver além das possibilidades, confiar e contemplar a vitória além dos grandes
desafios, não limitando nossa visão apenas aos gigantescos problemas diante de
nós, ou em nós.
Firmados nessa emunah, atingiremos os Céu dos céus como Enoch, obedeceremos e amaremos a Deus como Abraão; venceremos gigantes como David; e entraremos na Terra prometida, a nova Jerusalém, como Josué e Calebe que entraram na terra prometida por Deus, uma terra próspera “que mana leite e mel”. Aliás, quando vivemos nessa confiança em Deus, o Criador, deixamos um legado, nos tornamos referência para gerações futuras.
David, teve sua confiança em Deus, para enfrentar o gigante Golias, com certeza, por saber pela Torah (Os livros de Moisés) que seus antepassados que conquistaram a terra na qual ele vivia, enfrentaram e derrotaram gigantes iguais a Golias (1 Sm 17,32-54).
Em
resumo, estamos numa grande corrida! Cujo alvo é a eternidade com Deus; e só
desfrutará desta indizível glória os que estão determinados a vencer todos os
desafios impostos a nós nesta “corrida” que é ao mesmo tempo, uma lenta
caminhada, que exige de cada um de nós muita vigilância e ação coerente com a
Palavra do Pai que estás no Céu (o Abba).
O Mestre nos recomenda e promete, que: “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24,13). E, “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome” (Apocalipse 3,12). Mas não estamos sós nessa jornada, Ele está presente em Espírito em nosso meio e me nós (Mt 28,20; Jo 14,16-18). Amén.
Paz seja com tua alma!
Shalom!
Pr.
Admilson Araujo Leite
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